Deixa-me contar-te uma história tão antiga que se perde nas brumas do tempo. Uma história tão antiga como as montanhas que contemplas ante ti - disse o Ancião.
No amanhecer dos tempos, chegaram os Senhores da Chama , seres oriundos de outros planos, espíritos humanos, aperfeiçoados noutras rondas evolutivas em épocas manvantáricas anteriores.
Na sua carruagem do fogo chegaram os Ígneos Senhores estremecendo como um trovão tudo ao seu redor.
Os registros nos contam que os Ígneos Senhores estabeleceram uma base de operações, de onde trouxeram o desenho arquitetônico do funcionamento do Governo Interno espiritual do Planeta.
Eram Instrutores da infantil humanidade. Aquela base-templo, em que determinaram os cimentos do funcionamento do Programa Terra desta humanidade, foi conhecida com o nome de Ibez.
Foi no tempo de Ibez que os Anciãos, em sagrado concílio, determinaram quem seria o Senhor e Rei do Mundo,
aquele que tornaria a ponte entre a humanidade e seu Logos.
Se criou então a cidade-templo chamada Shambhala,
sede do Senhor e Rei do Mundo e seus colaboradores, a Hierarquia Planetária.
Dentro dos múltiplos propósitos de Shambhala se encontra o de manifestar a Vontade Maior, estimular o emergir dos quatro reinos-vida, cada um coordenado por um dos Ígneos Senhores.
Sendo nos primórdios da humanidade cento e cinco no total, alguns desses Ígneos Senhores foram chamados a desempenhar outras funções noutras áreas do Universo.
Alguns deles ainda permanecem aqui, até que o ciclo seja completado, e a humanidade como um todo expresse seu propósito.
Shambhala trabalhou na concretização das raças, estimulando a densificação da matéria. Foi polo de expressão do aspecto masculino da energia Logoica.
Seu trabalho n desenvolvimento da substância mental, no quarto reino, permitiu que a vida-humanidade continuasse a sua trajetória evolutiva até que esta se reconheça como parte do Ímã Cósmico.
Foram estas as palavras do Ancião pronunciou.
Shambhala preparou grandes servidores. Uma fonte inesgotável de instrução se derramou sobre a vida planetária, disseminando o método da senda iniciática para a ascensão da substância.
Monastérios, Lamaserias e grutas no alto dos Himalaias foram seus focos de radiação.
Só aqueles que escutavam o seu chamado lhes era permitido comungar com o fogo de Shambhala.
Abri vossos braços em cruz. Recebe, oh, peregrino, o ígneo cálice, será ele quem transubstanciará a tua vida.
Bebe de seu mistério, comunga com a luz da Hierarquia, deixa que o teu fogo te impregne.
Receberás novas vestes, fios GNA.
Escutai o vosso coração. É ele quem vos diz: "O Infinito é a tua morada..."
Atualmente, Shambhala encontra-se ativo, como um centro contemplativo, apoiando o emergir do aspecto feminino do Planeta.
Aspecto masculino e feminino, Shambhala e Lys são ambos complementários.
Lys, representando o aspecto feminino do planeta, irradia e impulsiona o abstrato, conduzindo todas as partículas ao retorno, ao essencial, à mesma origem, de onde tudo emanou e onde tudo se dissolverá: o PRIMORDIAL, A FONTE, A FONTE SUPREMA.
Shambhala, como aspecto masculino, torna coesas as partículas-vida para assim dar expressão às formas.
Foi este o trabalho de Shambhala no ciclo anterior, trabalho que sob a Lei dos ciclos tem assumido novas facetas: o de operar com a radiação síntese para todo o planeta e os seus reinos.
Shambhala em seu estado de vigília não está inativa, mas se encontra num estado de SUPRA-CONTEMPLAÇÃO à nível planetário, em profunda sintonia com o Coração do Sol e outros núcleos de Vida Cósmica.
Nesta Vigília de SUPRA-CONTEMPLAÇÃO, Shambhala está num comungar constante e sagrado com os Espelhos de Centros Planetários de outros sistemas solares-estelares.
Está ademais em profunda Axialidade com Lys, tornando coesas as partículas-vida e conduzindo-as de novo à origem.
No ciclo anterior, coordenado pelo aspecto masculino do planeta, nos foi informado que o Senhor do Mundo era SANAT-KUMARA.
Hoje, sob a regência do aspecto feminino do planeta, nos é anunciado que Sanat Kumara e Amuna Khur são expressões de uma mesma realidade.
Sanat Kumara expressa o aspecto masculino e Amuna Khur, o aspecto feminino da Vida Logoica.
Assim, por intermédio do Oitavo e Nono Raios, Sanat Kumara-Amuna Khur está em Shambhala, Lys, Miz-Tli-Tlan e nos demais Centros Planetários.
Através da graça cósmica te liberarás de toda carga, e na leveza do silêncio poderás comungar com a luz de mundos distantes.
Os tesouros que desde sempre te tem pertencido te serão entregues.
Serás portador de um fogo Axial e, ali, no sacrário do coração, no profundo do Silêncio, te tornarás um arauto do futuro.
Shambhala representa o aspecto Masculino de Lys. Ambos
em sua essência-função são complementários.
Graças à esta sagrada-alquimia, Lys, como Centro Fundamental e Centro Maior-Regente de todos os outros, permitiu a exteriorização de Shambhala nas mentes e consciências de todos os homens, pois foi Shambhala quem tornou coesas as partículas-vida, para assim dar expressão à formas.
Esse foi parte do trabalho dos Kumaras sob a supervisão dos Vinte e Um Anciãos de Sírius.
Sentado na gruta de meu coração pude ver em minha consciência Imagem do Senhor de Irradiante Esplendor.
Estava sentado no Trono, meditando de Ciclo em Ciclo, impulsionando a Humanidade a mover-se para cima, até ao Divino.
Seu Trono era constituído de puro Fogo, Fogo que estava ligado ao coração de todos os Sóis, e ao Coração-Mônada de todas as humanidades.
Ele era o mais próximo e o mais longínquo, Ele era a essência mais íntima e sagrada no interior de cada ser vivente.
Seu Fogo era o Fogo de Fogos, o Fogo provinha Dele e nós Mônadas éramos um prolongamento de seu Ígneo Manto.
Nós éramos Ele e Ele era Nós.
Pude compreender como Shambhala e Lys não eram diferentes.
Shambhala e LYS eram expressões do Mesmo SOM, originados na alta-existência, cumprindo diferentes funções para a Glória e Redenção da Vida nesta Galaxia-Consciencial.
"Só aquele que tem ouvido o chamado de Shambhala enviado "pelo vento", ou internamente, pelos Grandes Mestres, com toda a segurança pode esperar chegar ao Vale dos Homens mais sábios da Terra."
do livro: "O Caminho do Lírio" - Andrés Ríos
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