terça-feira, 28 de março de 2017

** AO LEITOR - Livro "O Caminho do Lírio" - Andrés Ríos



"AO LEITOR" -  por Cecília Lammertyn - do livro "O Caminho do Lírio" - Andrés Ríos

- Primeira edição em espanhol : 2015
- Primeira edição em portugues: 2016


Em todos os seres humanos, existe no fundo do coração um anseio por um "lugar", um tópus meta-físico onde só existe a luz, a unidade, o Bem.

Ainda no meio da finitude,a limitação, a dualidade a dor de nosso mundo, desde sempre tem estado em nós apela  nós a persistente certeza de que deve ser possível uma beleza sem sombras, um amor e uma benevolência sem condições.

A transparência total do Espírito em que o Bem é a realidade pura, única e triunfante.
Esta ânsia que vem do profundo do coração imaterial e espiritual de todos os seres, se expressa como um chamado cósmico.

Retornar ao Cosmos, retornar à Mônada, a essa realidade última que jamais poderá ser alterada por nenhuma ação nem efeito humano.

O Caminho do Lírio opera diretamente à essa ânsia e nos mostra a realidade interior e objetiva dessa ânsia.
Só pode ser lido por um coração que se conecta com o seu próprio núcleo mais puro, aquele que é universal e cósmico.

O Coração do coração, anos-luz distante do ego e suas reivindicações, da mente e seus conflitos.

O  Caminho do Lírio nos pede para ser igual a uma criança que olha a aurora da consciência sobre as praias do Grande Oceano Cósmico.

Para percorrer estas páginas, é necessário absorvermos essas águas cristalinas do Espírito.
A inocência e pureza de quem, despojando-se das formas, se funde à grande corrente universal da Vida, aquela que só é e existe para reverenciar a Suprema Fonte.

Cecilia Lammertyn




* Tópus  meta-físico - palavra de origem grega, que quer dizer "lugar", seja este, físico ou abstrato. Neste caso, trata-se de um lugar, âmbito ou melhor um estado não material ou "meta-físico", é dizer, mais além de nossa realidade física e tangível.

segunda-feira, 20 de março de 2017

** PARTE 3 - Prefacio do livro HIERARQUIA -



Parte 3 - Prefacio do livro "HIERARQUIA - Sinais do Mundo Ardente de Andrés Ríos  - apresentado por Cecília Lammertyn

(...) Dentro desta configuração  - que visualmente se assemelha a estruturas fractais - os indivíduos, é dizer, cada um de nós, com respeito à Hierarquia/Entidade a que nos encontramos unidos, não somos simples operadores, nem muito menos seus acólitos.

Inclusive dizer que somos "instrumentos" ,  não é de todo exato.
Embora a noção de ser um instrumento nos permita afastar-nos do sentido egoico, de crer que somos nós quem atuamos, só a partir da nossa vontade consciente, com efeito, é uma noção que conserva a ideia subjacente de que somos distintos Daquele que nos utiliza como seu instrumento.

Na realidade, a consciência de ser um instrumento conforma em si mesma, uma determinada etapa em nossa aproximação à Hierarquia.
Na medida em que vamos avançando no caminho da integração e da síntese interna , através da simplicidade, o silêncio, a entrega, o esquecimento de si e a reverência, começamos a viver em  e desde  a unidade que somos com a Hierarquia.

Realizamos assim a unicidade. A partir de então, já não somos simples instrumentos, senão que vamos nos tornando livres prolongamentos dessas Consciências Maiores.

Não devemos esquecer que a Hierarquia opera sempre nos planos internos da Vida.
O seu poder de convocatória ou de atração atua no plano da Alma, no Corpo de Luz e da Mônada.
Uma Hierarquia "não fala"  nos planos inter-médios etérico-astrais, porque ela está polarizada na realidade no nível Monádico.

A base a partir de onde opera a Hierarquia é a Mônada.
No ser Monádico não existe dualidade, senão consequência de ser parte da infinita vida cósmica.
Só a partir daí, a Hierarquia pode atrair para o seu centro.

Como um eixo, um eixo ígneo ou um feixe de luz, uma Hierarquia atravessa os diferentes níveis de consciência e alinhando-os, conecta o seu centro, ou o seu Coração, com o centro ou coração de um indivíduo ou grupo, tornando-os então em seus prolongamentos.

Este operar é também uma descida da Graça.
Uma Hierarquia, através deste operar da Graça, expande pontes entre os diferentes níveis de consciência, níveis que normalmente estariam separados entre si como um abismo.

Isso só por é um ato de Amor. Só por esta conexão de Coração  a coração é possível que a união entre o indivíduo-grupo e a Hierarquia seja real, perfeita e sagrada.

Do mesmo modo que uma árvore é uma coluna vertical cujas raízes se afundam no profundo do solo, assim podemos visualizar a Hierarquia.

Uma Hierarquia/Entidade é como um eixo cósmico (a sua verticalidade essencial) , um núcleo ou um magnetizar, cujos prolongamentos, que somos cada um de nós, se desdobram e se estendem aos planos onde regem a evolução.

Tanto os ramos como as raízes desta árvore cósmica se estendem para cima e para baixo, unindo o céu com a terra, criando uma ponte-rede que transmite impulsos evolutivos para os diversos planos e mundos.

Quando esse processo interno e íntimo de União  entre indivíduo-grupo e a Hierarquia-Entidade sucede, o indivíduo-grupo passa a operar como um prolongamento dos planos internos, tornando-se assim um cálice vivo, portador do Fogo Imaterial.

A Hierarquia contata o homem quando este começa a transcender a vida comum, quando aspira a viver padrões de conduta que o polarizam na vida da Alma e a vida Espiritual.

Que possamos então conduzir-nos com a suficiente simplicidade de nada querer, de na esperar para ingressar ao umbral da Vida Cósmica, ali onde somos acolhidos pela grande rede de serviço e Cooperação que é a Hierarquia.

O impulso recebido neste livro, que Andrés Ríos  nos apresenta, reabilita e ao mesmo tempo atualiza o pulsar interno e oculto do que significa Hierarquia  hoje em dia.

Reabilita o seu poder ao recuperar a sua verticalidade essencial, a sua fidelidade à Lei, aquela que graças ao Primeiro Raio  nos afasta do pequeno contexto da vida comum e horizontal com as suas lutas, interesses e comodidades.

Atualiza o que a Hierarquia nos diz hoje, porque nos traz diretamente, a sua voz restauradora e despertadora.
Esta ígnea voz estimula, alenta e nos remonta a uma compreensão mais integral, mais global e imaterial do que acontece na vida interna.

Com igual firmeza nos assinala as bases de um novo caminhar e de uma renovada maneira de estar ente o Divino em nós e de ser a partir dele.

                                                               Cecilia Lammertyn

            
        






domingo, 19 de março de 2017

**PREFACIO do livro HIERARQUIA - Parte 2



Parte 2 -  Prefacio  do livro "HIERARQUIA" - Sinais do Mundo Ardente  -  Andrés Ríos - apresentado por Cecília Lammertyn



(continuação da parte 1) - Suprema Cooperação é outra maneira de fizer Serviço. Só que quando falamos de "cooperação" advém uma compreensão muito mais interna, precisa, e de alcance mais vasto. 
Começamos a compreender que, tal como "fios", o trabalho de muitos agentes é uma tarefa organizada numa rede ou um tecido que conforma um manto vastíssimo. 


Manto que constitui o corpo de expressão de Hierarquias e Entidades.

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São muitos os que opõem à Suprema Cooperação.
Pois eu vos digo que é na Suprema Cooperação
que se tecem mundos e sistemas.
A cooperação é o cimento da Hierarquia.

Andrés Ríos - A Voz de LYS

A partir da nossa experiência humana e terrena, tendemos a pensar que o hierárquico está associado à uma certa dinâmica verticalista: uma autoridade confere uma ordem e corresponde aos seus subordinados cumpri-la.

Do mesmo modo, frequentemente, concebemos que uma Hierarquia Espiritual é um ser ( conjunto de seres) que, por seu alto grau evolutivo, se constitui numa autoridade capaz de emitir certas instruções, ensinamentos, ordens.
Estas são transmitidas a quem se encontra sob a influência direta dessa Hierarquia, com o mandato de realizar uma certa tarefa definida.

Assim, muitos indivíduos dizem "baixar"  ou "canalizar" uma determinada informação  que receberam por vias mais ou menos internas.
Para eles, como "acólitos"  desta ou daquela Hierarquia, lhes corresponderia transmitir a seus irmãos certa instrução ou efetuar uma tarefa, quase sempre bem específica e concreta.

O que é problemático de sustentar esta concepção verticalista. do modo de operar da Hierarquia, é que enfatiza a ideia de uma autoridade espiritual separada e qualitativamente diferente de cada um de nós, da qual recebemos ordens específicas, que dificilmente poderiam ser postas em questão.

A dualidade, como forma-pensamento, está muito presente com este tipo de relacionamento Superior. 
Dualidade que é reproduzida no plano humano desde que só certos indivíduos, , que se apresentam como "eleitos" ou "porta-voz",  são dignos de entrar em contato direto com a Hierarquia, em contraposição à uma maioria que carece do dito "privilégio".

Sempre estamos aqui perante o perigo do "proselitismo" e do "autoritarismo", transferindo, uma vez mais, ao superior, padrões de comportamento humano que obedecem ao  jogo de forças terrenas.

E, uma vez mais, também exaltamos o pretendido "valor" do indivíduo, ao ressaltar o suposto mérito de sua própria evolução e desenvolvimento, como se este fosse fruto de seu esforço isolado e auto consciente.

A Suprema Cooperação é a forma em que opera a Hierarquia. Nos planos internos, nos níveis da Alma e da Mônada, não existe tal ideia de individualidade separada e que atua por si mesma. 
A Alma, o Corpo de Luz, a Mônada, trabalham sob a Lei da Cooperação. Como dizíamos mais acima, constituem um tecido vivo, uma rede cósmica, um manto.

A Hierarquia atua neste nível interno, alheio ao sentido do ego inferior. Poderíamos dizer que, dentro desta rede cósmica que conformamos nesse nível,uma Hierarquia é como um núcleo ou um polo magnético e irradiante que convida a sintonizar-se com seu centro:


Hierarquia é o atrator que atrai tudo  a seu centro.
Hierarquia é a base-cimento do Novo.
Hierarquia é o magnetizar que transmite a Lei da Fonte.

Andrés Ríos - O Caminho do Lírio


Essencialmente, uma Hierarquia espiritual não opera no sentido verticalista humano que descrevíamos mais acima. Ela opera por atração ao seu centro, conformando núcleos e conjunturas cujo alcance não podemos dimensionar, mas é por uma centelha que às vezes nos concede a Graça. 
Portanto, em sua essência, a Hierarquia é Cooperação.

Muitos de vós perguntais, o que é Hierarquia?
Nós respondemos: "Cooperação". A Cooperação é o cimento da Hierarquia, a ligação entre mundos. A Lei que levará a humanidade "a amar-se uns aos outros".

Andrés Ríos  - O Caminho do Lírio" 

Cada um dos núcleos que somos está filiado a certas Hierarquias e Entidades.Isto significa que em essência, somos um com essas Hierarquias. Somos como fios de seu manto.
Para o reconhecimento e a vivência desta unidade somos chamados por esse impulso crístico de unificação que é a Lei do Amor. Mediante ela, a nossa chispa divina é avivada para ir ao encontro dessa unidade vastíssima que já somos.

Quando iniciamos o caminho pelo qual nos vamos integrando a núcleos cada vez maiores e universais, começamos a viver essa aspiração de unidade que é a Suprema Cooperação.

Começamos a reconhecer-nos como parte de grupos internos de indivíduos, os quais,  por sua vez, se encontram enlaçados a conjunturas/irmandades maiores, sejam deste planeta, deste sistema solar, ou extra sistêmicas.
(............)

**encerrando a Parte 2 - Prefácio do livro "HIERARQUIA - Sinais do Mundo Ardente  -  Andrés Ríos - apresentado por Cecilia Lammertyn.



**PREFACIO do livro "HIERARQUIA" - Sinais do Mundo Ardente"



                                          PREFÁCIO

           Reflexões sobre o sentido interno de "Hierarquia"




Parte 1

Existe atualmente uma profunda necessidade de que a humanidade se familiarize com o sentido oculto, com o pulsar interno da palavra-símbolo "Hierarquia", para poder sintonizar com sua radiação e assim poder cooperar com a Grande Cadeia do Bem.

Iluminador é constatar a origem etimológica do  termo Hierarquia. O mesmo provém da palavra latina "hierarquia",  a qual por sua vez, tem a sua origem na grega "hierarchia".

Hierarchia está composta da raiz "hierós", que significa "sagrado", e de outra palavra com múltiplos sentidos que é "arché". Aché  significa "começo", não no sentido sequencial ou cronológico, senão como "origem das coisas",  a fonte a partir da qual as coisas começam a ser.

É a causa ativa ou causa primeira da que tudo deriva. É princípio e fundamento das coisas. Assim mesmo, "arché" alude ao primeiro em importância ou valor, e por isso, se aplica a uma autoridade, um governante, um sacerdote. Poderíamos dizer que, a partir de um ponto de vista amplo e filosófico, "arché"  significa "ordem" e, por extensão, se aplica ao governo ou autoridade que aplica e rege esta ordem.

Então, podemos concluir que em seu sentido essencial e de síntese, Hierarquia significa princípio, origem, fonte sagrada".
Desde um ponto de vista mais amplo e universal, Hierarquia é a ordem sagrada.

?Quando uma ordem é sagrada? Quando um governo é sagrado?
Internamente o sabemos: algo é sagrado quando aplica a Lei, quando se rege pela Lei, quando manifesta a essência da Lei. A Lei é a ordem real das coisas. A Lei é o sagrado. Constitui o ritmo sagrado da manifestação. A energia Primordial ou a Vida, a que emana diretamente do Supremo Absoluto ou do UNO, ao iniciar o caminho da manifestação ou de sua própria expansão, se revela como Lei.

Sem LEI, é dizer sem ordem nem ritmo, nem padrões específicos, os mundos não podem existir, não podem ser transportados à manifestação. A Lei, como ordem do real, é graduada:  "cada plano de realidade e seu correlativo nível de consciência tem as suas próprias leis que o moldam e o regem."

De modo que no manifestado, ou no criado, há uma graduação desde o Uno ( o Supremo Absoluto)  ao múltiplo. A Lei é hierárquica por natureza, porque "expressa o escalonamento ordenado da energia manifestada".

Num sentido mais preciso, se pode dizer que neste ordenamento hierárquico do real existe um certo verticalismo que determina planos/níveis superiores e, portanto, leis superiores ou supremas. A Lei Maior é a Fonte de Vida no sentido do Supremo Absoluto, do qual tudo surge e ao qual tudo retorna. 

Na medida em que este Magno Princípio se manifesta, subseguem todos os planos e níveis de consciência e, desse modo, as leis que regem a evolução dos diversos mundos manifestados. 
O verticalismo, o ordenamento hierárquico é uma qualidade do Pai manifestado. Este verticalismo virtuoso , a ordem pelo qual o manifestado existe e se sustenta, é o sentido essencial da Hierarquia. É o que chamamos Lei da Hierarquia.

Esta Lei diz que "todo o manifestado está ordenado hierarquicamente",  quer dizer que existe uma ordem harmônica no manifestado.

Cada plano e nível de consciência estão regidos, então, por suas próprias leis. Uma parte importante destas leis são a Leis Evolutivas que, em cada plano,  determinam o movimento de regresso à Fonte de cada uma das partículas, ou seres que compreendem este plano.

Existe, ademais, um Plano Evolutivo para que cada universo alcance ou realize o Propósito Cósmico  pelo qual foi trazido à manifestação.
 Assim, planetas, sistemas solares, galaxias e conjunturas ainda maiores, respondem a um Plano Evolutivo  desenhado, para que se possa realizar e consumar um Propósito Divino.

São as Hierarquias  que conhecem este  Plano Evolutivo e as Leis Regentes, quer dizer,  as leis que predominam em determinado âmbito e ciclo.
Chegamos assim ao sentido esotérico  de Hierarquia.

Hierarquia é um conjunto de Consciências cujo operar se rege por leis: as Leis Regentes, a Lei de Retorno (com as suas consequentes Leis Evolutivas Superiores) e o Plano Evolutivo, entre muitas outras.

As Hierarquias dos diferentes planos representam, então, o Governo Espiritual, a ordem sagrada, aquela que aplica a Lei e se rege pela Lei.

Uma Hierarquia está composta por seres que transcenderam a evolução material ou que jamais passaram por ela (como é o caso dos seres que pertencem ao reino dévico).
Não pode dizer-se que uma Hierarquia seja formada por seres individuais, pois os seres que transcendem a evolução material já foram integrados à Consciências maiores.

Conforme nos aproximamos dos planos mais elevados, esses seres formam núcleos conscienciais ou energéticos mais amplos e vastos até chegarem a Entidades, as quais compreendem Grupos de Mônadas,  Avatares, Hierarquias e, inclusive, civilizações, reinos e setores completos de um ou de vários universos.

Entidades que operam entre diferentes universos e planos estão mais além da Lei da Hierarquia, porque respondem diretamente ao Propósito Cósmico e ao desenho do Plano Evolutivo  para cada setor.
São o eixo transversal, a essência que atravessa e anima as operações das Hierarquias Planetárias. Solares e Galacticas.

Um ser que transcendeu a evolução material está consagrado à meta universal e, em consequência, está completamente doado ao serviço. 
O serviço é a grande meta cósmica, a verdadeira realização dos seres em manifestação.

A tão ponderada "auto-realização" ou a "iluminação" individual certamente não existem como tais, porque o Cosmos é como um grande  tecido vivo em que tudo está essencialmente inter-relacionado.

A partir deste ponto de vista essencial, todo o ser tem um cósmico impulso existencial de projetar-se a outro: todo o ser reforça os laços que o unem a outros nesta grande rede cósmica, sem a qual nada existiria.

Assim, dizemos que evoluímos em grupos de almas, em Grupos de Mônadas e em outras conjunturas ainda misteriosas para a humanidade.
Ânsia e aspiração de unidade, nós podemos chamá-lo se Suprema Cooperação.


62

Vossas almas como delicados fios, habitam em mim.
Vossas almas são anunciadoras de um Novo Despertar.
Eu habito em vós e vós habitais em mim.
Reconhecei, pois, a Suprema Cooperação.

Andrés Ríos  - "A Voz de LYS"

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*** término da parte 1 - continua na postagem seguinte.