segunda-feira, 20 de março de 2017

** PARTE 3 - Prefacio do livro HIERARQUIA -



Parte 3 - Prefacio do livro "HIERARQUIA - Sinais do Mundo Ardente de Andrés Ríos  - apresentado por Cecília Lammertyn

(...) Dentro desta configuração  - que visualmente se assemelha a estruturas fractais - os indivíduos, é dizer, cada um de nós, com respeito à Hierarquia/Entidade a que nos encontramos unidos, não somos simples operadores, nem muito menos seus acólitos.

Inclusive dizer que somos "instrumentos" ,  não é de todo exato.
Embora a noção de ser um instrumento nos permita afastar-nos do sentido egoico, de crer que somos nós quem atuamos, só a partir da nossa vontade consciente, com efeito, é uma noção que conserva a ideia subjacente de que somos distintos Daquele que nos utiliza como seu instrumento.

Na realidade, a consciência de ser um instrumento conforma em si mesma, uma determinada etapa em nossa aproximação à Hierarquia.
Na medida em que vamos avançando no caminho da integração e da síntese interna , através da simplicidade, o silêncio, a entrega, o esquecimento de si e a reverência, começamos a viver em  e desde  a unidade que somos com a Hierarquia.

Realizamos assim a unicidade. A partir de então, já não somos simples instrumentos, senão que vamos nos tornando livres prolongamentos dessas Consciências Maiores.

Não devemos esquecer que a Hierarquia opera sempre nos planos internos da Vida.
O seu poder de convocatória ou de atração atua no plano da Alma, no Corpo de Luz e da Mônada.
Uma Hierarquia "não fala"  nos planos inter-médios etérico-astrais, porque ela está polarizada na realidade no nível Monádico.

A base a partir de onde opera a Hierarquia é a Mônada.
No ser Monádico não existe dualidade, senão consequência de ser parte da infinita vida cósmica.
Só a partir daí, a Hierarquia pode atrair para o seu centro.

Como um eixo, um eixo ígneo ou um feixe de luz, uma Hierarquia atravessa os diferentes níveis de consciência e alinhando-os, conecta o seu centro, ou o seu Coração, com o centro ou coração de um indivíduo ou grupo, tornando-os então em seus prolongamentos.

Este operar é também uma descida da Graça.
Uma Hierarquia, através deste operar da Graça, expande pontes entre os diferentes níveis de consciência, níveis que normalmente estariam separados entre si como um abismo.

Isso só por é um ato de Amor. Só por esta conexão de Coração  a coração é possível que a união entre o indivíduo-grupo e a Hierarquia seja real, perfeita e sagrada.

Do mesmo modo que uma árvore é uma coluna vertical cujas raízes se afundam no profundo do solo, assim podemos visualizar a Hierarquia.

Uma Hierarquia/Entidade é como um eixo cósmico (a sua verticalidade essencial) , um núcleo ou um magnetizar, cujos prolongamentos, que somos cada um de nós, se desdobram e se estendem aos planos onde regem a evolução.

Tanto os ramos como as raízes desta árvore cósmica se estendem para cima e para baixo, unindo o céu com a terra, criando uma ponte-rede que transmite impulsos evolutivos para os diversos planos e mundos.

Quando esse processo interno e íntimo de União  entre indivíduo-grupo e a Hierarquia-Entidade sucede, o indivíduo-grupo passa a operar como um prolongamento dos planos internos, tornando-se assim um cálice vivo, portador do Fogo Imaterial.

A Hierarquia contata o homem quando este começa a transcender a vida comum, quando aspira a viver padrões de conduta que o polarizam na vida da Alma e a vida Espiritual.

Que possamos então conduzir-nos com a suficiente simplicidade de nada querer, de na esperar para ingressar ao umbral da Vida Cósmica, ali onde somos acolhidos pela grande rede de serviço e Cooperação que é a Hierarquia.

O impulso recebido neste livro, que Andrés Ríos  nos apresenta, reabilita e ao mesmo tempo atualiza o pulsar interno e oculto do que significa Hierarquia  hoje em dia.

Reabilita o seu poder ao recuperar a sua verticalidade essencial, a sua fidelidade à Lei, aquela que graças ao Primeiro Raio  nos afasta do pequeno contexto da vida comum e horizontal com as suas lutas, interesses e comodidades.

Atualiza o que a Hierarquia nos diz hoje, porque nos traz diretamente, a sua voz restauradora e despertadora.
Esta ígnea voz estimula, alenta e nos remonta a uma compreensão mais integral, mais global e imaterial do que acontece na vida interna.

Com igual firmeza nos assinala as bases de um novo caminhar e de uma renovada maneira de estar ente o Divino em nós e de ser a partir dele.

                                                               Cecilia Lammertyn

            
        






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